20 anos do match Ponta Grossa x URSS


O ambiente do match foi bem agradável: as partidas foram jogadas num salão nobre da Prefeitura, com ar condicionado e demais comodidades. O tempo de reflexão era de 1 hora para cada jogador. O match terminou 52,5 a 10,5 para os estrangeiros.

Classificação e tabela de confrontos:

URSS – – – – – – – –

01 KRÁMNIK  19+ 13+ 16+ 17+ 11+ 12+ 18+ 7,0

02 ALEXANDROV 18+ 19+ 12+ 16+ 14+ 17+ 15+ 7,0

03 ONÍSHUK 13+ 18+ 17+ 14+ 15+ 16+ 11+ 7,0

04 SAKÁEV 12+ 11= 19+ 13+ 16+ 18+ 17+ 6,5

05 CSECHKÓVSKIJ 15+ 16+ 13+ 18+ 12- 11+ 19+ 6,0

06 BYKHÓVSKY 16- 15+ 14+ 11= 19+ 13+ 12+ 5,5

07 LÚKIN 17= 12- 18+ 15= 13= 19+ 14+ 4,5

08 KADÍMOVA 14= NE 11= 12+ NE 14= 16+ 3,5

09 DUBINKA NE 14= 15= NE 17+ 15+ NE 3,0

10 KHURTIZIDZE 11- 17+ NE 19+ 18= NE 13- 25

– Ponta Grossa – – – – – – – –

11 Disconzi 10+ 04= 08= 06= 01- 05- 03- 2,5

12 Vitório 04- 07+ 02- 08- 05+ 01- 06- 2,0

13 Mendonça 03- 01- 05- 04- 07= 06- 10+ 1,5

14 R. Heray 08= 09= 06- 03- 02- 08= 07- 1,5

15 Martelo 05- 06- 09= 07= 03- 09- 02- 1,0

16 Justo 06+ 05- 01- 02- 04- 03- 08- 1,0

17 Copinski 07= 10- 03- 01- 09- 02- 04- 0,5

18 Chuchene 02- 03- 07- 05- 10= 04- 01- 0,5

19 Iurk 01- 02- 04- 10- 06- 07- 05- 0,0


CURIOSIDADES:

Por que o match ?

Como os soviéticos teriam vôo somente 5 ou 6 dias após o Mundial, para eles o match veio em boa hora. Uma intérprete os acompanhou em um passeio a Foz do Iguaçu e a Vila Velha. Foram levados também a Curitiba, para almoçar em Santa Felicidade.

O comportamento

Acho que nunca viram tanta fartura na vida. Krámnik comeu, após a refeição, um cacho de bananas quase que inteiro. O Treinador da equipe, GM Vitaly Chescovsky (que deveria falar um pouco mais de Inglês que os jovens) só tinha uma coisa a declarar entre as mastigadas: “Good, veeery good…”

Quando foram levados ao Shopping Müller, os soviéticos ficaram encantados com tudo, mas não podiam gastar muito. Lembro-me de ter acompanhado o Sakaev numa saga em busca de produtos farmacêuticos para seus familiares, pois segundo ele me contou (via tradutora), na URSS demorava muito para receber remédios (quando havia…). Acho que ele deve ter dado os remédios aos parentes, a não ser que a tradutora tenha escrito em cada um deles para que serviam.

Comunicação

Infelizmente a maioria deles não falava nada em Inglês, o que deixava a comunicação reduzida a mímica e micagens. Apesar dos nossos esforços para distraílos e deixá-los à vontade em nosso país, ficamos sem saber ao certo suas opiniões. Mas um fato curioso ocorreu numa tarde: eles encontraram gente falando russo na praça central de Guarapuava! Eram descendentes de russos que viviam numa colônia agrícola em Ponta Grossa. Apesar dos dialetos diferentes, acho que se entenderam, apesar de que, para mim, eles estavam falando grego.

Para ver o texto do Disconzi na íntegra, com sua partida contra Krámnik e mais algumas  fotos e curiosidades do match, relatadas pelo Licurgo acesse o link:

Clique para acessar o Premiada.pdf

Texto: MI Rodrigo Disconzi

Fonte: Licurgo  Holzmann

Editado por William Ferreira da Cruz

Williamchess@gmail.com

 

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