Brasil pode perder Grand Slam por causa das eleições


Neste ano, porém, o atraso já é de dois meses e a organização técnica do evento, que tem à frente o brasileiro GM Gilberto Milos Jr, aguarda somente a confirmação oficial da Prefeitura para anunciar o torneio em São Paulo, que começa em 24 de setembro.
Entre os organizadores brasileiros e os de Bilbao está tudo acertado. Inclusive, o próprio site de Bilbao afirma, desde março, que a prova de 2012 ocorrerá “provavelmente” em São Paulo. Isso já havia sido adiantado pela Rádio Xadrezrelembre aqui o que disseram os espanhóis na festa de encerramento do Grand Slam.
O que falta, realmente, é o apoio e a verba da prefeitura paulistana. Gilberto Kassab, atual prefeito da cidade pelo PSD (Partido Social Democrático), não concorre às eleições de 2012, mas apoia o candidato José Serra, do PSDB, e qualquer ação do atual governo é examinada com afinco pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pelos concorrentes para saber se não há “marketing eleitoreiro” nelas. Somada à burocracia clássica em anos de eleições, a confirmação do Grand Slam no Brasil segue indefinida e sem data para ser confirmada.

QUEM VIRIA?
Se ocorrer mesmo no Brasil, o Grand Slam deste ano terá jogadores como o campeão mundialGM Viswanathan Anand, da Índia, o número 1 do ranking mundial GM Magnus Carlsen, da Noruega, o ex-campeão mundial GM Vladimir Kramnik, da Rússia, e o número 2 do mundo GM Levon Aronian, da Armênia.
Mais dois nomes devem ser convidados para compor o torneio, uma vez que as vagas restantes, que seriam preenchidas pelos campeões de torneios que não ocorreram (Linares, Espanha, e Bazna, Romênia), estão em aberto.
Uma fonte próxima aos organizadores de Bilbao, que não quis se identificar, disse à Rádio Xadrez que o israelense GM Boris Gelfand e a húngara GM Judit Polgár já foram convidados para jogar a competição.
Se a Prefeitura não resolver os entraves a tempo, o Brasil pode ficar sem o torneio, uma vez que um patrocínio privado, a essa altura, está fora de cogitação pelos organizadores. No ano passado, eles bem que tentaram conseguir verba não-pública para realizar o Grand Slam, mas não houve interesse das empresas procuradas.
Também não há a possibilidade de outra cidade brasileira conseguir bancar, às vésperas da competição, os gastos com a competição.
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Aos brasileiros, só nos resta esperar e torcer!

Vida em miniatura

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